quarta-feira, 13 de maio de 2009

.

Depois aparece no jornal com cara de político feliz disfarçando a estupidez. Torta de morango tem gosto de fel, que feio. Ela veste a camisola florida que comprou pensando nele e nem se quer o telefone toca. A erva é boa. Na receita médica nem existe efeitos colaterais, nem bad trip nem nada. O que é bad trip? Um avião quando balança no ar? Ah, eu não acredito não. Eu nem acredito naquela mulher que tem alma preta e fede a esgoto podre. Mas aquele tem luz rosa, eu olho pra ele vejo uma aura cor-de-rosa, tem ífem? Eu pintei a cor dele num quadro e dei de presente, pra ele mesmo quando deveria ser presente meu pra ela, coitada, sofreu tanto. Tinha um peixe de juta soltando fiapos no avião. Quanto aquelas paisagens, elas eram tão lindas que fotografei com meus próprio olhos, é. Esse mundo é mais agradável do que o outro, aqui só tem eu e ele da luz rosa e fica tudo colorido, e esfumaçado, claro! a fumaça não pode faltar, mas a bad? Hahaha...que porra é essa de bad? palavra feia, eu hein. A fumaça é a característica principal desse lugar, sem ela, nada poderá existir, luz nenhuma, azul nem laranja, muito menos laranja, pode até ser verde-cor-de-absinto. Quando tinha uma placa apontando pra direita, ela foi pra esquerda, de propósito, contrariou. Só que agora ela não tem propósito nenhum, errou o caminho, foi ao lugar errado, contrário a tudo e todos que ela admirava. Depois quando quis voltar, decidiu andar de costas, tropeçou, caiu, machucou feio, várias feridas, cicatrizes horríveis, verde-limão.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Seria ele capaz de esquecer as agruras desse passado trágico e me perdoar?
Aceitar esse lindo amor que contorce meu peito em dor?
Amor não mata, mas eu morro de saudades.

domingo, 10 de maio de 2009

I can do this

Preciso parar de esperar dos que me aparecem oferecendo migalhas. Aceitar essa guerra, enfrentar, ir a luta. Coisas grandiosas me aguardam, quando a bolha estourar.
Eu sei que posso, que mereço. Se isso for uma brincadeirinha de mal gosto, por favor. Já chega, tempo esgotado. Quero luz, quero aquele caminho longo pra percorrer, quero também seus obstáculos, eu supero. A paisagem passa, mas continuo parada no asfalto quente que me dói o pé, eu posso andar. Tenho pernas, oi, tenho pernas.

Luciana

Teu nome já tem luz
Tua luz chama amor
Amor não se traduz:
Se ama. Luz. Se ama
Se não fosse assim
Luzir seria um troço
Seria um traço trágico
Tipo lamparina: Que ócio!
A luz se ama
A luz é óbvia
A luz se ama
Como a Luciana reluz.

(autor desconhecido)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cadê Arthur?

Saudosismo e nostalgia invadem meu coração. Este, cansado e atordoado de lembranças dolorosas, me fez abrir a caixa de cartas do passado.
Lembranças lindas, de um passado que vale a pena recordar.
Dentre os papéis, há cartas de amigos que moram longe, Japão, Venezuela, EUA. Dos amigos que moram perto. Dos amados primos distantes.
Sinto saudades da época das cartas, em que ir até o correio era bem excitante e receber uma carta era ainda mais.

Achei uma carta de minha mãe, que me fez chorar muito a primeira vez que li, é uma espécie de despedida, doeu. Prefiro mantê-la dobrada, até uma possível despedida, quem sabe eu não leio novamente.
Achei um bilhete escrito por mim, onde eu apaixonada dizia que sentia uma das piores coisas depois da morte: O sofrimento.
(eu deveria estar bêbada e com muita dor de cotovelo pra ter guardado um bilhete desses)
A melhor lembrança foi Arthur, rapaz que conheci na rodoviária de Florianópolis nas férias de 1996. O Skatista viajava no mesmo ônibus que eu pra Curitiba (segundo ele, a pista de lá era a mais bacana do país).
Conversamos na rodoviária e, na calada da noite, ele veio ao meu assento e conversamos mais um pouco, combinamos de nos ver em Curitiba. No entanto, quando Arthur me procurou eu não estava na casa – infelizmente. Perdi Arthur.
Desencontros a parte; trocamos endereço e várias cartas. Até que paramos de nos escrever e logo mudei de endereço. Perdi Arthur.
Hoje relendo as cartas de Arthur, percebi o quanto ele era um cara especial, gentil, inteligente, sempre preocupado em saber notícias minhas.
E como Arthur escrevia tão bem aos 20.
Em umas das cartas de Arthur, achei um email antigo da faculdade. Então imaginei: “ele não deve mais usar esse email”. Escrevi mesmo assim, por desencargo de consciência e alívio pro coração.
O email voltou, perdi Arthur.
Considerando que estamos na era digital dos e-mails, seria no mínimo esquisito mandar-lhe uma carta, sem falar que ele já deve está casado com no mínimo dois filhos. Não que eu quisesse reencontrar Arthur para uma possível investida amorosa, mas há mais de dez anos, soaria muito esquisito. Perdi Arthur.

Olhando para os rapazes que conheço no presente. Reconheço que os de dez anos atrás foram os mais agradáveis.
E-mails, MSN´s que me perdoem, mas lembranças dessas cartas vão me acompanhar para sempre.
Onde estará Arthur?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Coisas, coisas, coisas. São só coisas.
Pessoas, pessoas, pessoas. São só pessoas.
Lugares, lugares, lugares. São só lugares.
Morte, morte, morte. É só uma mudança de vida.

Why God? Why?


Pensamentos levianos, que não levam a nada. O que é o nada?