domingo, 19 de julho de 2009

A felicidade parece sempre caminhar em caminhos opostos ao meu.

Aquele ditado “Quem é vivo sempre aparece” poderia se aplicar em “O que é ruim pode voltar pior”.
Não quero parecer dramática, ou coisa parecida. Mas têm me acontecido uma sequência de desastres. Nada pode ser pior do que estar prestes a perder a pessoa mais amada de todos os tempos. Não falo de nenhuma paixão, isso é outra história.
Coisas ruins acontecem, passam, até aí tudo bem. E quando as coisas ruins voltam piores? O que fazer? O que pensar? Por que Deus? Por que isso tudo de novo? Eu já não sofri o suficiente pra crescer e ser uma pessoa melhor? Eu mereço?
Queria ter um corrimão que me segurasse a todo o momento.
Sozinha largada numa floresta com animais selvagens a espreita do bote perfeito, se essa metáfora fosse uma realidade eu desejaria sobreviver pra contar a história.
No hospital, o cheiro de pizza invade o saguão e deixa rastros pelo corredor, misturando-se a dor e a tristeza de quase todos que ali estavam. E eu que nem com fome estava, talvez comer seria a ultima coisa a se pensar aquela hora.
Mesmo assim, decidi atravessar a rua e sentar na lanchonete das redondezas. Meio desnorteada pedi um sanduíche sem consegui raciocinar direito. Aquele gorduroso com o hambúrguer foi meu parceiro e parecia dialogar com minha dor.
Na lanchonete refleti sobre meu futuro, e me indaguei o tempo inteiro o porquê de tudo isso estar acontecendo. Não encontrei respostas. Lembrei de todos os sofrimentos anteriores e percebi que esse seria o pior de todos. Cresci dez anos repentinamente aos nove. Aos 31, posso estar prestes a ter que encarar a pior das perdas, desejo sobreviver. Que eu cresça mais 20.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Papel guardanapo escrito com letras borradas, lágrimas e bebidas.
Som alto, muitas pessoas e um passado tão distante.
Saudades.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O que uma pessoa pensa ou conversa no intervalo entre um gole e outro? Se eu penso ou falo é involuntário, porque na verdade, eu desejo com veemência o próximo gole, posso ter palavras e pensamentos (pro copo).

quarta-feira, 1 de julho de 2009

...

Começou a pensar intensamente nele mesmo e ficava apreensivo com o ruido da janela, olhou para o quintal mas logo esqueceu que estava apreensivo, começou a pensar em outra coisa. Percebeu que pensar era bem interessante, quase a mesma coisa que a percepção. Sentiu o corpo pesado e pigarro. Logo depois percebeu que era uma pessoa desencontrada, ao mesmo tempo que sentia-se estranho. O quarto era diferente, mas tinha sua cara, muito a ver com ele, cada objeto era uma extensão dele mesmo. Desse jeito comecou a entender o porque gostava daqueles quadros e fotos, conseguia vê-lo de outro prisma, diferente. De repente, percebeu que ainda estava na janela e com cigarro na mão. E pensou que estava pensando a muito tempo. Comecou a sentir vontade de ouvir musica, seria incrivel ouvir musica naquele instante. Procurou discos mecanicamente mas sem prestar atenção, de repente encontrou um que o chamava atenção pela capa. Retirou o disco, mas, percebeu que estava sujo e então começou a procurar um limpa-discos, mas na gaveta achou uma foto de um velho amigo e comecou a imaginar o que "era" ele, mas não conseguiu pensar em coisas passadas que fizeram juntos, começou a pensar que era interessante o fato de pessoas fazerem coisas juntas; que havia algo comum que fazia atrair as pessoas para fazerem algo juntas. Esqueceu de ouvir musica, correu pra vitrola. Perturbado pelo fato de ter passado "tanto tempo" pensando e esquecido de uma coisa a que tinha se determinado a fazer antes, não limpou o disco. Lapso. Cansado, ouviu a musica de maneira diferente. A musica explicava muita coisa, deitou-se e comecou a pensar em coisas e ficou preocupado e não sabia com o que. Nao conseguiu entender a hora, depois percebeu que marcava 10 e 15 e percebeu que estava ali em apenas 20 minutos e parecia que estava a noite inteira. Retardo.

DEPOIMENTO DE ACSC - 21 ANOS.
RETIRADO DO LIVRO: Estudos atuais sobre os efeitos da Cannabis Sativa (Márcio Bontempo)

Escrito em 1980 (muito atual por sinal)
Suponhamos que eu me candidate a Miss Hempadão, seria ridiculo e engraçado e faria um discurso burro e patético: "Ah, a erva transforma meus maiores problemas em coisas pequenas, me deixa em paz com a vida e com todos os seres, me coloco num estado tranquilo de intorspecção e pensamentos aleatórios que desviam minha atenção dos assuntos do cotidiano". HAHAHAHAH....Bizarro....como alguém se candidata a Miss Hempadão???? hein? hein?